A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira manter o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no comando das investigações que envolvem o presidente Michel Temer (PMDB).

O afastamento de Janot era um pedido da defesa do peemedebista, que afirmou considerar o procurador “suspeito” para apurar fatos contra Temer. Entretanto, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, não entendeu desta forma.

“Entendo não se qualificar com inimizade capital a expressão de atividades do Ministério Público consentânea com a transparência que deve caracterizar o agir republicano”, afirmou Fachin, que já havia negado o afastamento de Janot em agosto.

Também votaram contra o afastamento de Janot os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello. Assim se formou maioria, embora ainda faltassem os votos dos ministros Celso de Mello e da presidente da Corte, Cármen Lúcia.

Já os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes não participaram da sessão.

Os ministros ainda irão analisar o pedido da defesa de Temer para que Janot não possa fazer uma nova denúncia contra o presidente, algo que espera-se até a próxima sexta-feira. O mandato do procurador à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) termina na próxima segunda-feira.

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