O senador Eduardo Gomes (PL), reconhecido como uma das principais lideranças políticas do Tocantins e com influência consolidada em âmbito nacional, está no centro de críticas em sua base eleitoral em Araguaína. Apesar de ter sido eleito com amplo apoio de diversos setores, o parlamentar é acusado de concentrar sua atuação e benefícios políticos apenas no grupo do ex-prefeito Ronaldo Dimas e do atual prefeito, Wagner Gomes, deixando outras correntes aliadas em segundo plano.
O murmúrio que circula nas ruas e esquinas da capital econômica do estado é unânime: “Ele ganhou com o apoio de todos, mas só olha para o grupo do Dimas”. A insatisfação tem se espalhado entre lideranças políticas que se sentem preteridas, além de gerar desconforto até mesmo em setores da imprensa local, que reclamam de tratamento desigual no acesso a informações e espaços de interlocução com o senador.
Apoio amplo, mas prioridade restrita
Eduardo Gomes construiu sua trajetória política como um nome forte e de ampla influência, tanto no Tocantins quanto em Brasília. No entanto, a percepção de que seu mandato tem beneficiado apenas um segmento específico de aliados começa a minar a unidade que o levou ao Senado. Em Araguaína, onde o senador sempre teve forte respaldo, parte de sua base demonstra frustração por se sentir negligenciada após a eleição.
“Quando era candidato, ele buscou todo mundo, mas agora só atende a um grupo. Quem não está no círculo do Dimas e do Wagner fica sem espaço”, relata um aliado que preferiu não se identificar.
Alerta político e busca por reconciliação
Apesar do clima de descontentamento, avalia-se que o senador ainda tem margem para reverter a situação. Fontes próximas ao parlamentar afirmam que sua equipe já está ciente do mal-estar e busca estratégias para reequilibrar as relações políticas na região.
Enquanto isso, os olhos da política tocantinense estão voltados para Araguaína. A forma como Eduardo Gomes administrará essa crise de percepção pode definir não apenas seu capital político local, mas também o futuro das alianças estaduais nos próximos anos. Seu grande desafio será conciliar as demandas de sua base sem perder o apoio dos setores que foram decisivos em sua eleição.
Por Redação