Em uma sessão marcada por tensão na Câmara Municipal de Araguaína nesta segunda-feira (04/08), o vereador Flávio Cabanhas (PDT) levantou acusações graves sobre o atendimento prestado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. O parlamentar relatou casos de mortes que, segundo ele, poderiam ter sido evitadas com diagnósticos precisos e maior eficiência dos profissionais de saúde.

Cabanhas destacou a falta de identificação correta de infartos, alegando que pacientes chegam com sintomas cardíacos, mas não recebem o tratamento adequado a tempo. “Muitos chegam com início de infarto, mas os médicos não conseguem diagnosticar. Eles morrem sem receber o tratamento urgente”, afirmou o vereador, visivelmente indignado.

Além disso, ele citou o caso de um paciente que, após passar mal, recebeu apenas dipirona e foi liberado. “Ele chegou em casa e morreu. Era algo grave, mas não foi detectado”, relatou. Outra situação envolveu uma vítima de meningite não diagnosticada, que teria falecido devido à demora no reconhecimento da doença pela equipe médica.

O vereador exigiu maior rigor na contratação e capacitação de médicos, argumentando que a população de Araguaína merece um serviço de saúde digno. “Não podemos aceitar que vidas se percam por negligência”, declarou. Como medida, Cabanhas propôs a criação de uma comissão para investigar os casos relatados, sugestão que deve ser discutida nas próximas sessões.

Enquanto isso, a população aguarda respostas concretas. “Se essas mortes poderiam ter sido evitadas, quem será responsabilizado?”, questionou uma moradora presente na sessão.

A situação coloca em xeque a qualidade do atendimento emergencial em Araguaína e pressiona por mudanças urgentes na gestão da saúde pública local.

Por: Geovane Oliveira