Diego Mejio, 34, e Miguel Rodriguez, 25, foram presos nas proximidades da Arca, em Taquaralto (Foto: SSP/AScom)

A Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil prendeu dois colombianos na tarde desta terça-feira, 2, em Palmas, suspeitos de praticarem crimes contra a economia popular, promover ou constituir organização criminosa, contra a ordem econômica e extorsão.

As investigações, comandadas pela Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Palmas, apontam que os dois homens estariam realizando empréstimos a pequenos comerciantes, cobrando altos juros, conforme a SSP, “muitas vezes de maneira intimidatória no momento do recebimento dos valores”.

Foram presos Diego Mejio, 34, e Miguel Rodriguez, 25, na região sul da Capital, nas proximidades da Área Reservada ao Comércio Ambulante (Arca), em Taquaralto. Com os dois, a SSP disse que a polícia encontrou celulares, documentos veiculares, uma certa quantidade em dinheiro, fichas de cadastro usadas possivelmente no credenciamento e acompanhamento da movimentação financeira de empréstimos às vítimas, que chegavam a pagar de R$ 60 a R$ 180 por dia, de acordo com o valor emprestado.  

Investigações
De acordo com o titular da Deic-Palmas, delegado Evaldo Gomes, as investigações apontariam para uma organização criminosa cujo modus operandi não se iniciava em Palmas, mas que, ao chegar à Capital, os suspeitos já encontravam toda uma estrutura montada com veículos, apartamentos alugados e uma lista de possíveis vítimas.

Ainda de acordo com o delegado, a maior parte das pessoas investigadas é natural da Colômbia e os valores recolhidos dos empréstimos e extorsão seriam revertidos também para contas situadas na Colômbia. “Essa organização criminosa tem como objetivo emprestar valores para alguns comerciantes e pessoas físicas, cobrando juros extorsivos e, posteriormente, fazendo a cobrança mediante ameaça para recebimento destes valores. Percebemos que eles se aproveitavam da fragilidade financeira daquelas vítimas dessa arbitrariedade”, afirmou Gomes.

Para o delegado, os membros dessa organização realizam envios em depósitos em unidades bancárias internacionais com interpostos locais para as contas internacionais, que são recolhidos em moeda brasileira e, posteriormente, convertidos em dólar ou em pesos colombianos.

ct