A oposição ao governo Laurez Moreira tem acompanhado com atenção e preocupação as mudanças previstas na estrutura administrativa do Estado. Fontes ligadas aos bastidores políticos afirmam que as demissões em massa esperadas para os próximos dias estariam atendendo a um “desejo antigo” do senador Irajá Abreu (PSD), que, segundo relatos, teria defendido a exoneração de milhares de servidores ainda durante o período eleitoral.
De acordo com informações obtidas pelo Portal O Melhor da Amazônia, interlocutores da oposição avaliam que o governo estadual estaria sendo conduzido, na prática, por figuras que foram derrotadas nas urnas — entre elas a senadora Kátia Abreu, o senador Irajá e o ex-prefeito Ronaldo Dimas. A narrativa que deve ganhar força nos próximos dias é a de que “o Tocantins está sendo administrado por quem perdeu as eleições, e não por quem foi vitorioso”.
“Há uma clara tentativa de vestir a gestão como aliada do grupo de Kátia e Irajá. As demissões, se confirmadas, seriam a consolidação de um projeto que já estava desenhado há muito tempo”, revelou uma fonte da oposição.
Ainda conforme aliados do bloco oposicionista, a possível onda de exonerações tem um caráter mais político do que administrativo, atendendo a interesses de recomposição de poder dentro do Estado. “O que se observa é que a vontade popular, expressa nas urnas, não está sendo respeitada. A gestão parece estar nas mãos de quem o povo rejeitou”, reforçou outra liderança.
Até o momento, o governo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto nem confirmou qualquer movimento de demissões em larga escala. Entretanto, o clima político nos bastidores é de tensão e expectativa, com articulações intensas entre grupos que disputam espaço e influência na nova configuração da administração estadual.
Por: Geovane Oliveira