Acadêmicos de Sistema de Informação trabalham no desenvolvimento de mais um Drone

Novo Drone - 31.03.2015 - Vivianni Asevedo (6) (1)Um terceiro Veículo Aéreo não Tripulado (Vant), também chamado de Drone, está sendo construído por acadêmicos do curso Sistema de Informação da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins). O projeto é construído no laboratório de Hardware, no Campus I, em Palmas. Os Drones estão cada vez mais presentes na vida do brasileiro, e no Tocantins a Unitins é pioneira. 

Centradas no desenvolvimento de soluções com Robótica Móvel Autônoma, aplicadas aos setores de Segurança Civil, Controle Ambiental e Agricultura de Precisão, buscando suprir demandas levantadas no Tocantins, as atividades fazem parte do grupo de pesquisa em Inteligência Computacional, Automação e Robótica (Ícaro), coordenado pelo professor Igor Yepes.

Os acadêmicos Bruno Santos Moraes e João Paulo Paiva pretendem utilizar a tecnologia desenvolvida a serviço do Corpo de Bombeiros do Tocantins, com o intuito de auxiliar nas ações de controle ambiental e em missões de monitoramente e inspeção, onde o acesso humano direto seja de alta periculosidade. 

“O professor Igor trouxe a ideia de trabalhar com Vant, e nós já estávamos dispostos a trabalhar em algum projeto de pesquisa, entramos no curso e queríamos trabalhar mesmo, trabalhar em alguma coisa legal, fazermos algo divertido. E tem sido muito bom fazer parte desse projeto, é uma satisfação muito grande. Não há outra forma de expressar”, explica o acadêmico João Paulo Paiva.

Sobre o terceiro drone, o professor Igor Yepes afirma que “com esse drone podemos fazer uma missão planejada por georreferenciamento, pois ele já possui um GPS funcional, e podemos simplesmente, usando o Google Map, definir o ponto por onde você queira que ele passe e a altitude que você quer que ele alcance naquele determinado ponto, daí você pode traçar toda uma missão”.

No caso do uso pelos Bombeiros, eles podem escolher uma área para ser varrida pelo drone sem ninguém precisar ficar controlando, pois ele vai sozinho. No caso do uso na agricultura, ele pode fazer todo o mapeamento de uma fazenda, uma lavoura, e o drone pode passar filmando ou realizando alguma atividade desejada.

Novo visual

Em parceria com a Air Soluções Inteligentes, que possui uma impressora 3D, o professor informa que está sendo feito um desenho para confeccionar a carenagem do drone e, assim, proteger da chuva, poeira, além de conferir ao drone uma aparência melhor.

Agricultura de precisão

O professor e pesquisador, Expedito Cardoso, diretor de Pesquisa Agropecuária da Unitins, destaca a importância dessa tecnologia. Cardoso, que já realizou trabalhos de imageamento utilizando uma câmera fotográfica, sabe bem o quanto um drone pode auxiliar nas atividades de imageamento para controle pragas e doenças, para nutrição de plantas, por exemplo.

“Além do baixo custo de intervenção, o feedback é muito mais rápido do que utilizando imagens de satélite, por exemplo, e tudo em tempo real, ao alcance do produtor ou pesquisador, uma vez que o drone pode dá maior dinâmica. Com a utilização do drone as possibilidades são ilimitadas. É preciso incluir essa ferramenta nos nossos projetos e pesquisas”, afirma Cardoso.

Drone ou Vant?

Drone é um apelido informal para todo e qualquer objeto voador não tripulado. De origem inglesa, a palavra significa “zangão” ou “zumbido”, sendo uma associação ao som realizado pelo aparelho durante um voo rasante. 

Os drones no Brasil são classificados e regulados de acordo com sua finalidade. Para lazer, esporte, hobby ou competição, mesmo sendo um mini-helicóptero, uma réplica de um jato, ou um helicóptero de quatro hélices (quadcopters), são vistos como aeromodelos.

Se o drone tiver fins comerciais, de pesquisa ou experimento, por exemplo, passa a ser tratado como um Vant, mas, para isso, é necessário que possua uma carga útil embarcada, como uma câmara acoplada, ou uma encomenda a ser entregue, ainda que seja uma simples carta.