Uma articulação cuidadosamente planejada nos bastidores da política de Araguaína resultou na derrota de Marcos Duarte da presidência da Câmara Municipal. Informações de fontes próximas aos vereadores revelam uma série de manobras estratégicas que envolveram silêncio calculado, aluguel de vans para transportar aliados e o desligamento de telefones, numa tentativa de evitar vazamentos e garantir o sucesso da operação.

O esquema começou a ser traçado 15 dias antes da votação e se intensificou na reta final. Duarte, percebendo os movimentos, minutos antes, que apontavam para sua derrota, teria tentado reagir, inclusive pressionando por uma mudança no local da votação para ganhar tempo e reverter o cenário desfavorável, mas não conseguiu.

O ponto de tensão culminou durante a sessão decisiva, presidida por Lucas Campelo. Segundo relatos, Lucas teria sido pressionado diretamente por Duarte a adiar a votação, mas acabou seguindo ordens do pai, Edivaldo Campelo, para prosseguir com o processo. A sessão foi marcada por gritos e batidas na mesa, refletindo o clima acalorado do momento.

O resultado da votação foi de 11 a 8 a favor de Max Baroli, selando a queda de Duarte da presidência. O episódio também revelou uma reconfiguração nas dinâmicas de poder dentro da Câmara. Vereadores até então considerados de “baixo clero” assumiram um papel estratégico no processo, demonstrando que alianças e posições podem mudar rapidamente nos bastidores políticos.

Embora as informações tenham sido amplamente discutidas, nenhum dos supostos envolvidos confirmou os detalhes da articulação. Nos corredores da política de Araguaína, a queda de Duarte já é vista como um marco de novas disputas e negociações de poder.

Por Geovane Oliveira