O Grupo Vozes de Ébano apresentou, na segunda-feira, 24, a primeira apresentação desta temporada do projeto “Minha Voz é Resistência”, no auditório do Palácio Araguaia, marcando um dos momentos mais simbólicos da programação do Novembro Negro: 1º Encontro Temático de Construção da Igualdade Racial no Tocantins. O evento reuniu servidores públicos, representantes de movimentos sociais e o público em geral em uma programação voltada ao fortalecimento das políticas de promoção da igualdade racial no Tocantins.
No palco, o Vozes de Ébano apresentou um repertório dedicado a celebrar a força, a arte e o legado de mulheres negras brasileiras. Com harmonias marcantes, interpretações potentes e diálogos poéticos com a plateia, o show emocionou o público e reforçou a importância da representatividade na música e na cultura.
“Minha Voz é Resistência” é parte do projeto homônimo idealizado pela cantora Fran Santos, que destacou a relevância de levar a obra à programação do Novembro Negro, reforçando o compromisso institucional de enfrentar o racismo estrutural e ampliar a participação da população negra nas políticas públicas. “Esse show nasce como um manifesto artístico e político. É a afirmação da nossa ancestralidade, da nossa existência e da nossa resistência. Estar aqui, nesse espaço simbólico, é ocupar com arte e fortalecer a luta antirracista.”
Agenda
O projeto “Minha Voz é Resistência com o Grupo Vozes de Ébano” conta com patrocínio da Lei Aldir Blanc, por meio da Fundação Cultural de Palmas e do Ministério da Cultura, e tem sido apresentado em diferentes espaços culturais da capital, promovendo reflexões sobre identidade, memória e protagonismo negro através da música. No dia 11 de novembro, as artistas realizaram roda de conversa e ensaio aberto para cerca de 200 estudantes da Escola Estadual Beira Rio, em Luzimangues.
Esta temporada do Projeto inclui ainda show na próxima sexta-feira, 28, às 19 horas, no auditório da Assembleia Legislativa, desta vez como parte da programação do Novembro Negra da Secretaria Municipal de Igualdade Racial.
Novembro Negro
A apresentação musical doa dia 24 integrou uma agenda que promoveu debates, rodas de conversa e ações de letramento antirracista, com participação de personalidades de luta pela pauta, como a jornalista Maju Cotrim, a raizera e benzedeira Dona Felisberta, a juíza Renata do Nascimento, a professora Solange Nascimento, o defensor público João Pedro Cerqueira, o sociólogo Stânio Vieira, e as secretárias estaduais Narubia Werreria (Povos Originários e Tradicionais), Larissa Rosenda (Mulher e Igualdade Racial) e Regina Reis (Cultura), dentre outros.
Cinthia Abreu


