sexta-feira, outubro 17, 2025

Porque é importante investir na educação

Segundo ele, a proposta inserida na MP mostra que ao invés de investir na educação pública para abertura de vagas, o governo quer destinar recursos para educação privada. Na semana passada, o governo enviou ao Congresso a Medida Provisória do “Auxílio Brasil”, o novo Bolsa Família. A medida foi duramente criticada por educadores e gestores municipais, que defendem que haja investimento na estrutura pública de educação infantil. Entretanto, com a recessão econômica e as dificuldades encontradas por setores da classe média, usuários das escolas particulares, para fazer face ao aumento do valor das mensalidades, criou-se enorme pressão por parte dos pais para que o Governo controlasse o preço cobrado por esses estabelecimentos.

“A maioria dos países aumentou o orçamento nos dois anos consecutivos, mas esse não é o caso de todos. Por exemplo, Áustria, Canadá, República Tcheca e Irlanda não modificaram seus orçamentos para o ensino fundamental em 2020, mas concederam aumentos em 2021”, diz a OCDE. O Novo Fundeb, transformado em mecanismo permanente pelo Congresso e sancionado no ano passado, prevê aumento na complementação feita pela União de 10% para 23% ao longo de seis anos. O Fundeb prevê um valor mínimo por aluno, estados e municípios que não conseguem alcançar o patamar recebe aporte da União. Os 10% que a União já complementa atualmente permanecem como estão, dos 13% extras, 10,5% destinados para o valor aluno ano complete, distribuído de acordo com a necessidade dos municípios, cerca de metade (5%) deve ser investido na educação infantil.

O projeto de lei encontra-se na Comissão de Defesa do Consumidor e até hoje não teve andamento, apesar de várias negociações com os setores interessados. Aparentemente, há deputados que não confiam em planilhas e desejariam maior interferência do Poder Público; por outro lado, outros, representando donos de escolas, que não desejam ver estabelecida regra transparente alguma, que permita verificar qual sua margem de lucro. A Constituição estabelece que o ensino é livre à iniciativa privada, cabendo ao Poder Público autorizar e avaliar sua qualidade, funções estas que cabem, em última análise, ao Ministério da Educação. A rigor, portanto, não cabe ao Estado envolver-se na questão do custo do ensino privado nem fixar mensalidades escolares, a não ser no âmbito da política econômica do Governo. O perfeito, naturalmente, seria que os alunos permanecessem de seis a oito horas por dia na escola, como ocorre no exterior ou nas escolas de elite.

Por Geovane Oliveira

Últimas notícias

Deputados que propuserem cassação de Wanderlei Barbosa podem sofrer retaliação do eleitorado

Mesmo afastado temporariamente por decisão judicial, o governador Wanderlei...

Eduardo Gomes na corda bamba: Alinhamento com pautas radicais da extrema direita pode dificultar reeleição

O senador Eduardo Gomes (PL-TO) enfrenta um momento político...

Novo biofungicida controla fungos de solo com até 80% de eficiência

Uma bactéria encontrada no Cerrado pode fortaceler o combate...

Valdemar Costa Neto diz que Bolsonaro decidirá nomes da chapa da direita para 2026

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou...

Artigos Relacionados

Categorias populares