O governo do presidente Jair Bolsonaro confirmou no início da madrugada desta terça-feira (28) os novos ocupantes do Ministério da Justiça e da diretoria-geral da Polícia Federal (PF). Os nomes de ambos foram publicados no Diário Oficial da União (DOU).

Ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), o advogado André Luiz Mendonça foi anunciado novo ministro da Justiça, substituindo o ex-juiz federal Sergio Moro, exonerado na última sexta-feira (24).

Evangélico, Mendonça é pastor na Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília. Ele assumiu o comando da AGU no começo do governo Bolsonaro, tendo anteriormente ocupado a corregedoria do órgão, entre 2016 e 2018.

Assim como o novo ministro da Justiça, quem também é próximo da família do presidente é o novo diretor-geral da PF, Alexandre Ramagem. Ele ocupava o cargo de diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e foi chefe da segurança de Bolsonaro no pleito eleitoral.

O posto que Ramagem vai assumir foi o estopim para a crise entre Bolsonaro e Moro. O presidente decidiu pela demissão do então diretor-geral Maurício Valeixo sem consultar o então ministro da Justiça. Ambos não chegaram a um consenso, sobretudo porque o presidente tinha nomes de sua preferência – dentre eles o de Ramagem – que Moro considerava mais políticos do que técnicos.

A confirmação da exoneração de Valeixo fez com que, horas após a publicação tenha sido feita no DOU, Moro optasse pela sua saída, após uma concorrida entrevista coletiva cheia de revelações e acusações.

Críticos de Ramagem se mostram contrários à sua indicação pela sua proximidade com o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente e que poderia estar sendo investigado pela PF.

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